segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Amor Platônico

IX. São só palavras e promessas dissimuladas , sem noção 


Saindo da faculdade, após despedir-me de Rodolfo, fui na mesma lanchonete que sempre fora.
Ele estava sentado numa cadeira, me olhando, e observando cada movimento que eu fazia. Sentei bem longe dele, onde seus olhos não me alcançariam.
Comi em silencio, sem pensar em nada. Logo ele estava perto de mim, me dizendo:
- Oi, tudo bom? Não fala mais comigo?
- Oi, tudo e você?
- to bem sim... Você sumiu, heim...
- to namorando. - disse seca
- isso não importa
Tive que me controlar, pois os rumores que ouvira falar dele eram consideravelmente prejudiciais à nossa amizade.
- Porque você está quieta? - ele perguntou.
Olhei no fundo de seus olhos e disse:
- tenho que ir embora.
- nos encontraremos novamente?
- talvez - respondi, pagando a conta e indo embora. Ele me seguiu. Eu virei e disse:
- tchau.
- vou com você
- eu não quero que venha
- porque não ?
- porque quer vir? ah, tchau!
- quero falar com você!
- já está falando - e antes que ele pudesse me dizer algo, falei - depois eu te ligo, tchau.
Ele deu um sorriso agradável, e despediu-se de mim.





Eu estava confusa. Meu coração palpitava. Estava suando e tremendo. Cheguei em casa, tomei água e sentei no sofá. Teria de ligar pra ele. O que contradizia meu namorado...




Dei um tempo... Tranquei a matrícula da faculdade. Filosofia era muito complexa para minha mente, não podia continuar lá, não conseguiria ter concentração suficiente. Não consegui superar as dificuldades da faculdade, e minha auto-estima foi diminuindo.
Parei de sair de casa, e quase não via Rodolfo...

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