sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Amor Platônico.

II. desde então, ele nunca mais voltou a proferir uma palavra ao meu lado.

Não consegui mais dançar. Tinha que conversar com ele. Então, esperei o baile terminar. Ele não apareceu.
Fui embora...
Nos meus sonhos, ele sempre aparecia, como sombra, aonde quer que eu fosse, poderia contar com sua presença. Em um certo momento, não contive a emoção, e acordei, suando.
Minha única chance de revê-lo era na minha festa de formatura que iria dar numa casa alugada. Todos do colégio já estavam sabendo, e todos estavam convidados.
Preparei a roupa mais bela, e desci as escadas. Todos olharam e foram me cumprimentar, afinal, era a minha festa. Mas quem eu queria, não estava lá...
Minhas amigas me aconselhavam: “Ele é muito galinha!”, “Ele não vale nada...”, “ele não te merece...”. eu queria das ouvidos à elas. Eu precisava. Por mais que tentasse, não conseguia. Era mais forte que eu.
Passaram alguns minutos, o que pareceu muitas horas, elle apareceu.
As batidas do meu coração pareciam ser ouvidas por todos da festa, pois logo, estavam olhando pra mim.
Ele me abraçou e disse no meu ouvido:”Parabéns pela formatura!”. Olhou nos meus olhos e falou baixinho:
- Estou indo embora desta cidade. Não nos veremos novamente...
Não consegui dizer uma palavra. Só o que fiz foi abraçá-lo e derramar minhas lágrimas no seu ombro.
Ao vê-lo passar por aquela porta e saber que nunca mais iria vê-lo, subi as escadas correndo e entrei para meu quarto.
E chorei...
Por mais que eu tenha dado a melhor festa, usado a melhor roupa e o mais caro perfume, isso não compraria o amor que sinto por ele. Guardarei seu amor no meu peito, mas não vou deixar isso me iludir ou abalar.

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